Nada na Biologia faz sentido se não for a luz da evolução - Dobzhansky

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Como os peixes nadam em cardumes sem trombar uns nos outros?

Postado por: Tayná Leoncio



Eles usam a visão, a audição e um eficiente sistema chamado de linha lateral, que detecta mínimas variações de pressão na água. É ele que permite a sincronia perfeita de movimentos entre os membros do grupo. Acredita-se que pelo menos 50% das variedades conhecidas de peixes, como atum e sardinha, se agrupem em cardumes. “Essa é uma especialização surgida provavelmente como meio de defesa contra predadores”, diz o biólogo Leandro Sousa, mestre em ictiologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Nadar em bando também ajuda na busca por alimentos e na reprodução. “O grupo amplia o número de parceiros disponíveis e reduz a chance de predação dos ovos”, diz o biólogo Cristiano Moreira, doutor em ictiologia pela USP. O tamanho dos cardumes varia. Eles podem contar com poucos integrantes – basta olhar os peixes num aquário – ou, como no caso dos arenques, agregar milhões de indivíduos, atingindo mais de 1 quilômetro de extensão.

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NADO LIVRE
É moleza se deslocar em cardume. Isso porque os peixes secretam um líquido viscoso que reduz o atrito da água com seu corpo. Nadando em grupo, esse efeito é potencializado e os integrantes, sobretudo os que estão no centro, se movem com menos esforço

OLHO DE PEIXE
A visão também é essencial para os peixes não se esborracharem uns nos outros. Com os olhos nas laterais do corpo, eles vêem tudo à sua volta, evitando as trombadas. A audição completa o kit antichoque, funcionando como um detector de pressão, como a linha lateral

PEIXE VIVO
Nadar em grupo também ajuda na reprodução. A chance de os ovos expelidos pelas fêmeas serem fecundados num cardume é bem maior do que se elas estivessem nadando sozinhas, já que há mais machos ao seu redor

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UM POR TODOS, TODOS POR UM
A defesa é uma das principais funções do cardume. Quando um grupo sofre um ataque, seus membros nadam erraticamente, cada um numa direção, confundindo o predador, que fica sem saber a quem perseguir. Além disso, quanto mais peixes, mais olhos e sentidos para detectar alguma ameaça

UMA BARBATANA LAVA A OUTRA
Além de mais expostos, os peixes que estão nas bordas cansam mais. Assim, há um revezamento de posição entre eles: quem está de fora passa para o miolo. “É um movimento aleatório, mas importante para poupar a energia dos indivíduos”, diz a zoóloga Marina Loeb, mestranda da USP

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VAI ENCARAR?
O aspecto do cardume como um todo ainda oferece uma proteção extra. Movendo-se de forma sincronizada, ele confunde possíveis predadores, dando a impressão de que, em vez de peixinhos indefesos, trata-se de um enorme e ameaçador peixão.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/pergunta_412289.shtml

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